terça-feira, 30 de junho de 2015

# Mau texto leva a uma má interpretação #

Por culpa minha é certo, pois não efectuei o texto da melhor forma possível.

Em primeiro lugar quero apenas referir que respeito obviamente todas as opiniões registadas em desagrado do meu último texto. Mal seria se não as respeita-se.
E estou em pelo acordo com elas.

O texto surgiu num tom de desabafo, embora não perceptível, daquilo que por minutos vivi em Peniche. E esses momentos dão-se ao simples facto de eu ser lenta e pertencer à parte final do pelotão, à chamada cauda do pelotão.

Iremos por partes.

Quando referi que havia 3 tipos de corredores, apenas estava a referir a pequena cota parte que existe no mundo da corrida que não tem respeito pelo outro, e não incluí, (se não referi volto a dizer que foi falha) a restante cota parte que pertence aos respeitadores.
É certo obviamente, que indivíduos que não respeitam o próximo existem em TODO lado, não apenas na estrada, acredito que no trail também os há, senão não haveria queixas como foi referido no belo texto do amigo Quarenta e Dois, mas Felizmente ainda não me cruzei com eles.
De certo que haverá muito mais tipos de indivíduos que não respeitam, mas a quantidade de pessoas que respeitam o outro são muito maiores, quero acreditar que sim.
Quando me referem que “Não se esqueça que é uma corrida. Uma corrida entende-se por ir do ponto A ao ponto B o mais rápido possível dentro das suas possibilidades e cumprindo todas as regras.”, claro que sim, mas cada um tem o seu objecto traçado, chegar mais rápido, ir aproveitar a paisagem, seja qual for o objectivo de cada um deverá ser RESPEITADO. Eu respeito aquele que quer ir mais rápido como aquele que quer ir mais lento, tanto é que me encosto sempre do lado direito de modo a não incomodar a passagem do que quer ir mais rápido. Mas o respeito termina quando a “fuçanguice” de chegar mais rápido coloca em causa a corrida, e a segurança do outro. Que infelizmente nos primeiros 5Km foi o que me aconteceu (e não foi só a mim). Chegar e querer ir mais rápido, tem todo o direito! Atropelar, aleijar e seguir é que não!

Quando me é dito que há pessoas boas na estrada, mas quem disse que não as havia!? Apenas não as referi, mas a maior quota parte são essas pessoas, e ainda bem! Se assim não fosse não seria possível chegar viva ao fim da corrida J
Nesse caso, as corridas deixariam de ser corridas e passariam a ser campos de batalha.

O meu texto foi apenas uma referência à pequena parte dos não respeitadores. Sem nunca em parte alguma com intenção de menosprezar o restante, ou seja a grande maioria que respeita os outros!!!
Apenas isso.

Óbvio que existem pessoas boas, e como foi referido e bem o João Lima é um deles, mas não só. O pelotão está cheio de João Lima…  E AINDA BEM!!!!! :)

Quando decidi escrever aquele texto apenas quis referenciar aqueles 3 tipos de corredores, pois nunca tinha sentido tanto na pele aquelas três acções. Não foram os primeiros 5Km mais bonitos da minha pequena história de corridas. Mas foram uma excepção á regra. E senti-os porque vinha muito atrás no pelotão… e isto acontece a quem é mais lento.

Digo e volto a repetir… chegar rápido e ter objectivos CLARO QUE SIM, prejudicar o outro CLARO QUE NÃO!
É a isto que reclamo nesse meu texto.

E o facto de isso me fazer gostar mais de trail, deve-se apenas ao facto de que nas poucas provas de trail em que já participei nunca senti isso!
Se calhar posso-me orgulhar disso, mas é um facto.

Acredito que nem sempre é um mar de rosas, o trail, mas até hoje sempre foi (nesse aspecto heh), chegará o dia em que mudarei ideias… mas até lá mantenho este pensamento.

Quanto àquilo que penso…. Gosto mais de trail que estrada… é verdade, mas não só por este factor que referi no texto, mas isso já são factores que a mim me dizem respeito.
Agora que este factor da pequena falta de respeito por vezes vivida em estrada, é um peso um pouco grande para me influenciar nesse gosto, isso vou admitir que sim.
Mas não é o único peso…
Não é sem fundamentos que por aí se diz que existe “espírito de trail….” E ele existe…
Como também existe em estrada, de forma diferente claro, mas existe.

Cada qual tem os seus gostos, e isso decerto não se discute. :)


Mais uma vez obrigada pelas criticas ... são sempre bem vindas :)

13 comentários:

  1. Bem, eu comecei pelo fim, ou seja, li este texto sem ter lido o anterior, que tive de ir ler, para perceber a cena toda :)

    Realmente, gostos não se discutem, nem é por aí!
    Quanto ao resto...

    A malta do braço esticado... eu já fiz isso e vou voltar a fazer, pois é uma forma de se tentar progredir e avisar quem vai à frente que alguém o quer passar, sem stresses. Desde que não se empurre, tá-se bem!

    O Patinador... bom, ao passar as pessoas e tendo outras mais à frente, não há volta a dar senão serpentear! Já o fiz e vou voltar a fazer, com prejuízo para a minha corrida, desgastando-me sempre demasiado!

    As razias... já fiz algumas e vou continuar a fazer! Sorry,, mas o mundo da corrida é mesmo assim! E se corresses em pista ainda stressavas mais. Eu até com sapatos de bico nas canelas já levei, acabando a prova com as pernas em sangue! Não há volta a dar.. são contigências da modalidade! Cotoveladas durante a minha carreira como corredor, ui essas então nem se fala! ;)

    Resumindo, compreendo--te perfeitamente, mas discordando de algumas coisas! :)
    Bem vinda ao mundo do "running"

    Beijinhos!

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    1. Lamento mas realmente correr e ficar marcada de sangue ou qualquer outra mazela provocada por um "colega" de modalidade, não é bem a definição de corrida para mim. :) Gosto de chegar inteira à meta :)

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    2. A maior parte das vezes não é intencional.
      Uma comparação mais próxima para ti: quantos pontapés é que o teu irmão já levou e deu na natação num Triatlo? ;)
      Mas eu em pista só fazia velocidade, era eu e a minha pista, não havia confusões, empurrões, disputa de corda, nada :)

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  2. "seja qual for o objectivo de cada um deverá ser RESPEITADO. Eu respeito aquele que quer ir mais rápido como aquele que quer ir mais lento, tanto é que me encosto sempre do lado direito de modo a não incomodar a passagem do que quer ir mais rápido. Mas o respeito termina quando a “fuçanguice” de chegar mais rápido coloca em causa a corrida, e a segurança do outro. Que infelizmente nos primeiros 5Km foi o que me aconteceu (e não foi só a mim). Chegar e querer ir mais rápido, tem todo o direito! Atropelar, aleijar e seguir é que não!"

    Nesse aspecto estou de acordo contigo Marta, mas no resto não.
    Vou ver se me consigo explicar, eu já vi situações de colocar os cabelos em pé, exactamente por porem a segurança dos próprios e dos outros em causa. Vou-te dar dois exemplos:

    Na ultima meia-maratona da Ponte 25 de Abril, fiz revés a uma senhora que se lembrou de parar no meio do tabuleiro para tirar uma selfie. Não lhe acertei por milímetros, se a tivesse acertado, tinha-me aleijado eu, teria-se aleijado ela, e com o pancadão que levava ainda hoje lá andaria à procura do telemóvel.

    Na ultima corrida do Benfica, no meio de centenas de atletas não tropeço num "artista" que se agachou no meio do asfalto para atar os ténis... ...no meio da estrada, no meio de centenas de pessoas... mas o que é que esta gente têm na cabeça?

    Imprevistos todos temos, certamente o rapaz não ia com os ténis desatados de propósito, mas que tal ir para o passeio? em vez de colocar a sua saúde e a dos outros em perigo?

    E o parar no meio de uma competição para tirar selfies... bem... nem digo nada que é melhor! "Atletas facebook" no seu melhor....

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    1. Concordo contigo, o facto de parar a meio do pelotão é uma situação que a mim também coloca os cabelos em pé.. ou aqueles da caminhada que furam e vão par a frente depois estando a empatar quem quer correr?!
      Eu aqui apenas quis referir por aquilo que passei e não gostei... se fosse enumerar tudo o que na corrida existe de mal ou menos bem, tínhamos aqui texto que nunca mais acabava! eheheheheh

      Por isso defendo o respeito acima de tudo!!!!
      E o companheirismo! :)))

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  3. Claro que sim, também eu... mas foi involuntário... o que fazer? Levá-lo a tribunal? :)
    São contingências da atividade!

    Sobre aquilo que descreves em relação aos "aceleras do pelotão" ,sim... eu piquei-me um bocadinho e volto à carga :) tem uma justificação, muito comentada no final das provas, ou nas redes sociais, etc, que é o facto de as pessoas mais lentas partirem na frente nas partidas e depois se arrastarem nos primeiros kms da prova, muitas vezes lado a lado, dificultando a passagem de quem vem trás.
    Alguns até tiram selfies. Mais grave ainda, há quem aldrabe diplomas para ser incluído nas caixas de partida de Sub60 ou Sub55, ou Sub45 no caso das provas mais comuns, as de 10 km. Como essa malta não faz aquecimento, pois não têm aspirações pessoais a melhorar um tempo ou o que quer que seja, vão para a partida muito mais cedo do que aqueles que querem baixar os seus tempos pessoais, sejam eles de 60, 50, 40 minutos ou menos, nessas ditas provas de 10 km, e que ficarão lá para trás.
    Em todas as provas populares assistimos a malta a tentar furar o pelotão depois de ele já estar composto.... Não vão ganhar nada, mas tentam posicionar-se melhor para cumprirem o seu objetivo. Eu deixo-os sempre passar! Força! Mas até nisso há quem lhes dificulte a vida...

    Por essa razão, tal como tu, também tenho preferido outras provas mais desafogadas, sejam elas de trail, ou provas regionais. Ultimamente tenho fugido a grandes concentrações!

    Enfim, ... diz a lenda que o Winston Churchil, do alto dos seus 90 anos, respondeu a quem lhe perguntava como é que chegou àquela idade, e a fumar charutos... "Nunca fiz desporto" disse ele! :)

    Desculpa lá o testamento! :)

    Beijinhos!

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    1. Respondendo igual ao que respondi ao Sérgio :D

      "Concordo contigo, o facto de parar a meio do pelotão é uma situação que a mim também coloca os cabelos em pé.. ou aqueles da caminhada que furam e vão par a frente depois estando a empatar quem quer correr?!
      Eu aqui apenas quis referir por aquilo que passei e não gostei... se fosse enumerar tudo o que na corrida existe de mal ou menos bem, tínhamos aqui texto que nunca mais acabava! eheheheheh

      O facto de as pessoas mais lentas irem para a frente ou furjarem os tempos para terem acesso às zonas mais à fente.... isso tudo é verdade, infelizmente, tal não deveria acontecer, pois se existe uma separação por alguma razão é... lá está já vai da consciência de cada um .... infelizmente.

      Por isso defendo o respeito acima de tudo!!!!
      E o companheirismo! :)))"

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  4. Também não exageres e até são boas estas postas, para haver alguma discussão positiva:)

    Mas no fundamental estamos todos de acordo: havendo civismo e saber estar, tudo é mais fácil.

    Bjs e continua a sorrir

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    1. Claro que sim... estas discussões são óptimas!!! :D heheeh

      Sorrir!??!
      SEMPRE!!!! :D

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  5. Concordo quando dizes que cada um tem o seu objectivo. Por vezes nós os mais lentos parece que não temos direito a participar. Quando a corrida é precisamente isto, todos poderem correr felizes, uns mais rápido e outros de forma mais lenta mas todos conseguirem terminar. E claro que todos vamos com o objectivo de dar o nosso máximo mas há algumas provas que o objectivo pode ser apenas correr de forma descontraída a viver o ambiente da corrida, por exemplo até após uma prova mais dura em que ainda estamos a recuperar.

    Quanto ao espírito do trail, já o disse no teu artigo anterior, não sei se ele existe assim de forma tão bonita. Talvez exista nos treinos que fazes com a malta amiga mas e nas provas? Eu cá já tive experiências de grande camaradagem como tive alturas em que precisei de apoio e não mo deram. Isto depende das pessoas e as pessoas do trail não são melhores ou piores que as da estrada. Aliás, como dizes, há muita gente boa na estrada :) Como é o caso do nosso padrinho João Lima :)

    Acredito que tenhas passado um mau bocado nas Fogueiras. Pode dever-se a essa prova ter cada vez mais gente e quanto mais pessoas, mais probabilidade há de haverem chicos-espertos.

    O que interessa é que tentes não ligar a esse pessoal. E continues a correr sempre com o bonito sorriso que te caracteriza.

    Beijinhos grandes da madrinha que ultimamente anda mais afastada dos blogues mas que agora voltou :)

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  6. Só hoje li o que escreveste na posta anterior e agora nesta. Já foi tudo dito ... o tal espirito do trail existe mesmo, tal como existe na estrada (podemos chamar-lhe espirito da estrada) ... ele é o mesmo, pois é vivido pelas pessoas e na forma de encarar a corrida ... podemos ir na estrada a correr contra o tempo e viver esse espirito na mesma, acenando aos amigos, apoiando com quem nos cruzamos e caso seja necessário ajudando quem precisa ... o mesmo que no trail .... já fui empurrado num trail e ainda na última prova de estrada que fiz, "rasteirei" sem querer um atleta que ia à minha frente que felizmente não caiu ... pedi-lhe desculpa, cumprimentei-o, ele aceitou, rimo-nos e cada um seguio o seu caminho. Na estrada ou no trail existem bestas, e felizmente são poucas comparado com as pessoas com o verdadeiro espirito do desporto, e nós temos esse espirito. Toca a ver o copo meio cheio ...
    Beijinhos

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  7. Olá Marta!

    Há coisas boas e más em tudo, o que interessa é que continues a correr, seja estrada ou trail.

    Beijinhos

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  8. Eu acho que havendo respeito e consciência, como dizes, há lugar para todos. O problema é que, e também como referiste, isso nem sempre acontece. Talvez seja porque no trail, havendo mais variantes do que o ritmo/km, se fala mais desse espírito. Em princípio, as pessoas estão mais dispostas a abrandar e ajudar, até porque geralmente estás no meio do nada, sem meios de auxílio perto, e seria preciso seres muito má pessoa para deixares alguém em apuros num local assim. Posto isto, também já vi muita fucice nos trilhos, e eu vou cá para trás!! Imagino do meio para a frente do pelotão. :)
    Beijinhos e corre feliz :)

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